Ainda que a transformação digital já estivesse em curso, a pandemia trouxe um cenário completamente inédito, que evidenciou a importância da inovação para garantir a sobrevivência das organizações – e também consolidou mudanças essenciais em diversas áreas. Um estudo realizado pela consultoria Bain apontou que as empresas mais inovadoras no período compreendido entre 2014 e 2019 elevaram seu valor de mercado em 9,5%. Já as menos experientes em inovação alcançaram apenas 0,5%.
No entanto, o fato é que muitas empresas se encontravam em diferentes estágios dessa jornada rumo ao digital segundo suas necessidades, cultura organizacional e recursos financeiros. Porém, tiveram de acelerar o processo para que pudessem reagir à altura e, assim, manter a competitividade – e, sob tal contexto, um exemplo emblemático é a própria implantação do trabalho remoto em curtíssimo espaço de tempo, estratégia que representou um teste de proporções consideráveis às organizações.
Muito bem: incerteza causada pela pandemia evidencia a necessidade de uma cultura de inovação para lidar com as contingências, em maior ou menor intensidade – e isso significa, de uma maneira geral, que contar com equipes especializadas e dispor das mais adequadas soluções e ferramentas digitais em um ambiente que promove a criatividade faz com que as empresas tenham mais chances de serem bem-sucedidas. Mas pode-se dizer isso de outra maneira: ainda que a adaptação à transformação digital fosse inevitável, mesmo quem já estava à frente nesse jornada precisa acelerar a marcha.
Também é possível dizer que, no período pós-pandemia, as empresas serão mais resilientes – uma vez que sua capacidade para se adaptar foi colocada à prova. Afinal, durante a crise surgiram novos modelos de negócios, processos foram reformulados, novos canais foram desenvolvidos – e muitos vieram para ficar. Nesse contexto, em que adaptação tornou-se palavra de ordem para reagir a um futuro repleto de incertezas, a importância da gestão do conhecimento nas organizações será reforçada a fim de que seja possível desenvolver estratégias e soluções inovadoras por meio da conexão entre colaboradores, fornecedores, parceiros e clientes, em um fluxo contínuo de aprendizagem.
A colaboração é um dos pontos mais relevantes de uma cultura de inovação. E, em meio à pandemia (e depois, também) – especialmente quando levamos em consideração que o trabalho remoto é outra tendência que, em grande parte, será mantida – fomentar o espírito colaborativo para unir os times em torno dos objetivos comuns e, assim, delinear caminhos e soluções significa obter mais engajamento e produtividade.
Evidentemente, isso só é possível por meio de outros fatores imprescindíveis às organizações, como transparência e assertividade na comunicação com o objetivo de integrar as equipes. A maneira como as organizações se comunicam com os clientes, aliás, também está sendo acelerada pela situação atual. Neste caso, objetividade é a palavra de ordem – e nunca é demais repetir que aquilo que era regra no passado tornou-se apenas uma parte da jornada.
Para todos os efeitos, portanto, apps e canais de mensagens estão na proa desse processo, uma vez que o novo consumidor exige que seu relacionamento com as marcas seja personalizado e assertivo. Isso significa que os serviços de mensageria utilizados como plataformas compartilhadas por meio de Inteligência Artificial e ChatBots proporcionarão a interação entre marketing, vendas e o pós-venda – e, dessa maneira, serão o motor que colocará o cliente no fulcro dos negócios.
Quando se fala em cultura de inovação, seja para responder a desafios imediatos ou para se preparar para o futuro, fica patente que soluções criativas para desenvolver novos modelos de negócios, processos e lidar com problemas são imprescindíveis. Sob tal contexto, isso evidencia a relevância da abordagem Design Thinking, cujo cerne é colocar o usuário no centro dos processos para desenvolver alternativas factíveis por meio de empatia, colaboração e experimentação.
O Design Thinking enfatiza aspectos como trabalho multidisciplinar, intercâmbio de experiências, apreciação de perspectivas diferentes e diversidade das vivências individuais do grupo para que seja possível obter insights valiosos, já que o futuro exigirá (já exige) respostas e soluções criativas, que estejam em consonância com as características específicas das organizações. E, claro, com as necessidades, demandas, mercados e, principalmente, o público-alvo.
…e nada mais será como antes
Pode-se dizer que a pandemia deixará pelo menos uma lição valiosa: a importância de utilizar todos os recursos e possibilidades que a transformação digital proporciona, por meio do estabelecimento de uma cultura de inovação, para desenvolver soluções que se alinhem ao zeitgest. E ainda que muitas empresas estejam sendo engolidas pelas consequências da crise que o mundo enfrenta, o fato é que muitas atravessarão este período complexo. Transformadas, é bem verdade – porém, mais resilientes.
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