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Covid-19 e o futuro dos pagamentos
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O PIX está chacoalhando o mercado de pagamentos instantâneos. A data de lançamento foi marcada pelo Banco Central para o dia 16 de novembro e irá trazer mais agilidade e praticidade aos pagamentos. Além de grandes impactos no mercado. Com esse novo meio de pagamento, qualquer pessoa com uma conta bancária, poderá transferi e paga contas sem restrições de dias ou horários e sem gastar altas tarifas para TED e DOC.

O que é PIX? 

O PIX é um sistema de pagamentos e transferências instantâneo que irá funcionar 24h por dia, sete dias da semana. Ou seja, até no sábado, domingo e feriados você poderá pagar contas e transferir valores. O sistema permitirá que sejam feitas transações entre pessoas físicas, entre pessoas jurídicas, entre pessoas físicas e jurídicas e para pagamento de impostos e taxas.

Será preciso registrar uma chave de segurança no seu app do banco ou no internet banking. As transações serão baseadas nas chaves de segurança e, assim, não será necessária a troca de dados como dados de contas, números de CNPJ ou CPF. As chaves já estarão vinculadas a todos os dados. Outra inovação é a possibilidade de um Endereço Virtual de Pagamento, que é um forma de manter a privacidade de seus dados pessoais e bancários.

Como o PIX funcionará:

As transações do PIX já regulamentadas pelo Banco Central podem ser feitas de diversas formas:

  • A partir os dados bancários de quem vai receber o pagamento – nome completo, CPF, número da instituição, agência e conta -, o que não difere de DOC e TED, exceto pelo horário e tempo de pagamento/crédito.
  • Pela chave PIX. O usuário irá adicionar a uma conta que já possui essa chave, que pode ser o número de celular, e-mail, CPF ou CNPJ. Ao informar essa chave, o pagador a insere para fazer o crédito ou pagamento.
  • Por  leitura de QR Codes.

Esta semana, o BACEN anunciou ainda que a partir do segundo trimestre de 2021 estará disponível também a opção de usar o PIX para fazer saques em estabelecimentos comerciais. O projeto que está em desenvolvimento irá revolucionar o sistema financeiro, aumentando a capilaridade e a conveniência. Ou seja, independente de onde se tem uma conta e da cobertura própria do seu banco, será possível fazer saques em lugares remotos não cobertos pela instituição onde você mantém a sua conta.

Impactos do PIX no mercado

O lançamento do PIX alcançará 90% das transações bancárias do país. A partir de novembro, as instituições bancos, fintechs, financeiras, meios de pagamento que tenham mais de 500 mil contas ativas precisarão estar adequadas ao pagamento instantâneo via PIX. OBACEN estima que estas instituições sejam responsáveis por 9 de cada 10 transações do país. O primeiro impacto do PIX é no próprio mercado financeiro. Além de eliminar as rentáveis taxas de TEDs e DOCs, o PIX aumentará a capilaridade de qualquer instituição financeira. Boletos bancário poderão ser substituídos radicalmente por QRCodes.

A gestão de empresas também muda significativamente. Com a possibilidade de receber a qualquer hora e instantaneamente, as empresas devem ganhar na gestão do fluxo de caixa. Por outro lado, os débitos também poderão ser realizados a qualquer hora. Também, haverá significativa simplificação das rotinas financeiras – contas a pagar, contas a receber. Tudo isso pode significar uma redução significativa pela demanda de crédito para giro e de antecipações de recebíveis.

Não é nosso papel ficar aqui profetizando. Porém, o PIX abre o caminho para se reduzir drasticamente e até finalmente eliminar as transações em moeda.  Um indicativo do potencial: seis em cada dez brasileiros das classes A, B e C já utilizam meios digitais de pagamentos, como PayPal, PagSeguro e Google Pay, e canais de pagamento de contas, compras e transação pela Internet, segundo estudo da IDC, publicado em 2019.

Agora, com o PIX, até os aplicativos de mensagem como Whatsapp podem ser integrados como meio de pagamento, similarmente ao que acontece na China com WeChat. Esse é também uma das preocupações do BACEN, evitar gerar concentrações. De qualquer forma, quase 150 instituições já fizeram o pedido de adesão ao SPI (Sistema de Pagamentos Instantâneos) do Brasil.

Em países como Suécia, Noruega e Reino Unido, que já implantaram seus sistemas de pagamento instantâneo, os saques em caixas eletrônicos caíram entre 4% e 16%. Especialistas estimam que as reduções de despesas, relativas as operações de TED e DOC, poderão cair no Brasil entre 10% e 40%.

Transferir dinheiro ou pagar uma conta vai funcionar como o corriqueiro envio de figurinha pelo aplicativo de mensagem. Rapidez, conveniência na hora de uma transação financeira. Para a felicidade de muitos, para a infelicidade (talvez) de alguns, os impactos serão grandes para bancos, bandeiras de cartão, adquirentes, empresas, estabelecimentos comerciais e consumidores. Nossa cultura de pagamentos e relação com o dinheiro vai mudar. Como deve mudar também a vida de bancos, que, até aqui, movimentavam anualmente bilhões com as  altas tarifas de algumas transações, que o PIX promete colocar no chão. A conferir.