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Desde que o mundo fala a língua da transformação digital e da disrupção tecnológica, ouvimos o termo, conceitos, metodologias e teorizações sobre a maturidade digital. Como tudo que é novo e, ao mesmo tempo, difícil de se tangibilizar, vamos dando uma atenção relativa. Fica no radar, mas confinado naquela zona do “depois vejo isso”.

Inicialmente, duas visões precisam ser bem estabelecidas. A primeira é que Digital Transformation é sobre um processo de busca de competitividade, ganhos operacionais e promover melhor experiência de transações e interações, seja com clientes, a cadeia de suprimentos ou os colaboradores. Assim, a transformação digital é um processo inacabável, uma busca continua para o próximo estágio de competitividade, produtividade, experiência de uso, custo de aquisição, taxa de conversão, fidelização etc.

A segunda fica fácil de entender. Se a transformação é contínua, essa tal maturidade digital também não pode ser uma meta final estática, um alvo fixo que uma organização atinge e recebe um selinho para colocar na marca.

As formas de medir sua maturidade digital são inúmeras. São metodologias criadas por consultorias e especialidades para referencias mercados e organizações. Para facilitar o entendimento, podemos definir maturidade digital como a habilidade de uma organização de atingir certo desenvolvimento tecnológico ou adaptar-se a novas tecnologias para responder às demandas do negócio e de sua cadeia produtiva.

Podemos dizer, assim, que não basta uma empresa investir os tubos na tecnologia mais disruptiva e implementar os melhores mecanismo de inteligência artificial para atingir um alto estágio de maturidade digital. A busca é pelo melhor da tecnologia para aquele mercado, aquele público-alvo, aquela cultura empresarial retornada em valor.

O diabo mora nos exemplos, mas talvez seja uma forma de ilustrar. Temos duas panificadoras do bairro. Tradicionais. Aquele pão quentinho crocante e tentador. Uma delas, em meio à pandemia, construiu um sistema de lockers e passou a aceitar encomendas de pães pelo WhatsApp. Assim, o consumidor pede o pão, marca hora e passa na frente da padaria para desbloquear o locker com uma senha enviada pelo WhatsApp e retirar seu pãozinho (quentinho na hora combinada!).

A outra padaria se associou a um sistema de entregas por aplicativo do mercado, delimitou uma área de abrangência e colocou um processo produtivo e um sistema para manter esse pão quentinho para as entregas.

É certo que, para o mercado em que se incluem, esses dois estabelecimentos tenham atingido um altíssimo estágio de maturidade digital. Enquanto isso, em outros mercados, IoT, Machine Leraning, Edge Computing podem não ter sido suficientes para que organizações tenham atingido o mesmo estágio. Porém, no momento seguinte, o consumidor dessas padarias pode quer também leite e frios (apenas, para ilustrar). “Ah! Só temos esse sistema sensacional para pãezinhos”. Agora, essa maturidade digital já não é tão elevada assim. Enfim, um exemplo até meio esdrúxulo apenas para ilustrar que a maturidade digital é relativa e não é um alvo estático. E muito menos associada à, digamos, tonelagem de tecnologia que se utiliza na empresa.

Então, não existe empresa plena em maturidade digital, certo? O certo é que buscar essa maturidade muito cedo ou muito tarde e, ainda, muito rápido ou muito lentamente pode ser uma catástrofe para uma empresa. A empresa com maturidade digital é aquela que olha o tempo todo para o mercado buscando entender as necessidades de consumidores, sua eficiência operacional, o momento dos competidores e que pesquisa tecnologias para buscar sempre fazer melhor e mais.

Avaliando a Maturidade Digital

Podemos e devemos medir sim. Quando falamos em maturidade digital de uma organização estamos querendo verificar em que momento essa empresa se encontra nessa jornada de adaptação ao mercado e ao público-alvo por meio de tecnologias digitais. E existem diferentes modelos para fazer essa avaliação. Mas, em linhas gerais, esse “assessment” deve passar por olhar as Estratégias de Negócio, o Público-Alvo, os processos, as Pessoas e a cadeia produtiva.

O CESAR, o centro de pesquisa e inovação de Recife, por exemplo, identificou 22 modelos de maturidade que usam 125 dimensões para avaliar a maturidade digital das quais apenas 41 são comuns a todos os modelos.

A possibilidade que começa a parecer mais plausível é que cada empresa crie seu próprio modelo de monitoramento do avanço digital ou da sua maturidade digital. Da mesma forma que uma empresa acaba criando indicadores financeiros e operacionais próprios, complementares aos padrões de mercado ou de gestão, como EBITDA. MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO, etc.

Basicamente, a empresa irá escolher as métricas que mostrarão como o seu negócio vai sendo impactado ao longo do tempo pela transformação digital e criar seus estágios de evolução.

Como comentamos inicialmente essa jornada digital não termina. É uma adaptação continua à necessidade de se tornar mais competitivo, de melhorar a interação com clientes e de aumentar vendas e lucratividade. Mas, é importante estabelecer uma visão de como é que a empresa está evoluindo. E esse é o significado real de maturidade digital: o quanto a empresa caminhou e precisa caminhar para manter-se firme para o próximo estágio de competitividade.