E quando você imaginava que seu roadmap digital estava irretocável, chega o metaverso! Não é só uma buzzword. Não é uma nova tentativa de uma, digamos, “Second Life”. É mais uma transformação na forma de marcas e pessoas se relacionarem com o mundo e que vai impactar a jornada de transformação digital significativamente. É mais “check and adapt” nesse nosso mundo em constante revolução.
Provavelmente, não há ninguém no mundo dos negócios que não tenha ouvido o termo metaverso, que descreve um ambiente, uma abordagem, um conjunto de tecnologias e um novo mundo ainda mais digital que deve sedimentar a cultura de uma vida mais virtual.
A palavra “meta” tem origem na palavra grega “Metá” que quer dizer em seguida, posterior. Seu uso composto indica mudança (metamorfose), algo que vai além (metafísica), e significa “além”. Em associação com a palavra universo podemos descrever como um mundo muito além do que nos acostumamos, um universo transformado e transcendental.
O termo metaverso apareceu pela primeira vez no livro de ficção científica de 1992, “Snow Crash”, do escritor Neal Stephenson, em que os personagens usavam realidade virtual (VR) para viver em um mundo tecnológico.
Nesse momento, o metaverso está no ambiente DEV, digamos. Está acontecendo uma luta de titãs para ditar as tecnologias e o modus operandi. O que é possível dizer de antemão é que o metaverso tem algumas características, independente do líder ou das tecnologias:
Um dos impactos gerados pelo metaverso certamente é na forma de se consumir, em razão de duas de suas características. A primeira delas (que ainda é uma promessa – estamos na fase dev, lembre-se) é que o mundo virtual a sua volta é construído com base nas informações sobre você. Além disso, você escolherá os objetos, as características que estarão a sua volta. A outra é a conexão com o mundo real
Lembra-se do passeio no shopping do filme”Minority Report”(completando 20 anos em 2022)? Então, já comece a enxergar que ao caminhar pela cidade você poderá ser alertado sobre promoções daquilo que você gosta, reservas naquele restaurante predileto e ainda realizar operações em segundos. E mais: ir virtualmente (sem sair de casa) a shows, cinemas, teatro e muito mais em um espaço virtual.
Naturalmente, o mundo corporativo também terá mudanças, em especial, no formato de trabalho que terá muito mais integração entre o presencial e o remoto.
E tudo isso exigindo mais eficácia de meios de pagamento, blockchain, drop shipping, conectividade (5G ou 6 ou 7), realidade virtual, realidade aumentada, processamento, cloud etc.
Lição número 1: a transformação digital não é um projeto. É um processo (e contínuo) de conquista e presença nos corações e mentes de seus stakeholders neste universo. E, em breve, no metaverso também (se é que será possível separar essas duas coisas). Sim, a jornada digital está mudando.