Time-to-Value é crítico na jornada digital
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março 6, 2023Há tempos o mercado discute meios de tentar suprir – ou ao menos reduzir – a escassez de profissionais de Tecnologia da Informação (TI). Dados divulgados recentemente pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e de Tecnologias Digitais) indicam que os empregos no setor de TIC, que engloba TI e Comunicação, cresceram 14,4% em 2021. Ainda de acordo com a Brasscom, o déficit de profissionais de TI deve chegar a 797 mil até 2025, levando em conta que o setor gere, em média, 159 mil novas vagas por ano.
A questão é que o ritmo de formação de habilidades não acompanha a velocidade com que cresce a demanda por elas. E como este é um problema que se estende há décadas no setor, o que vemos hoje são desdobramentos que impactam muito mais do que apenas a área de TI: interferem negativamente nos negócios das empresas.
À medida em que não conseguem fechar a lacuna de habilidades em TI, as organizações vêm enfrentando dificuldades operacionais com a perda de agilidade. Também as iniciativas de inovação ficam comprometidas e começam a surgir obstáculos para melhorar custos de operação dos negócios.
Um levantamento realizado pela IDC este ano identificou os principais impactos que a falta de profissionais capacitados em TI pode gerar para uma companhia. A perda de agilidade, as dificuldades nos processos de inovação, os obstáculos para otimização de custos, dificuldade em suportar a transformação digital das áreas de negócio e os problemas na segurança da informação, nesta ordem, foram citados como os principais deles.
A análise considerou respostas de empresas de grande porte (com 500 colaboradores ou mais) e revelou que mais de 40% delas possuem hoje vagas em aberto para profissionais de TI.
Uma saída que muitas dessas companhias têm encontrado para evitar os impactos da falta de mão-de-obra em TI em seus negócios está na contratação de serviços gerenciados ou serviços profissionais de TI. Tanto é assim que nada menos que 78% das empresas ouvidas pela IDC utilizam esse mecanismo para cobrir lacunas de habilidades técnicas existentes.
E aí, as consultorias e empresas de serviços gerenciados que lutem para encontrar, formar e reter essas habilidades. Muitas têm feito isso com sucesso, seja por meio de programas próprios de formação, de parcerias com instituições de ensino, alianças com startups, com o uso de ferramentas de inteligência para localizar os talentos e até com a mudança nos modelos de contrato com seus colaboradores. Mas aí é assunto para outro artigo.
Paulo Marcelo, CEO da Solutis.