Metaverso: a jornada de transformação digital mudou?
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Já estamos às voltas com um varejo muito diferente do que conhecíamos há dois anos, precisamente antes da pandemia. O hábito de consumo mudou e o varejo precisou repensar como se relacionar com o consumidor, com fornecedores, como distribuir. Pedido pelo WhatsApp, Pickup, compra in app, social-commerce, entrega no mesmo dia. Tudo isso já se tornou corriqueiro. E o que vem agora? Quais serão as tendências do varejo para 2022?

Apesar da afirmação acima, este “novo corriqueiro” ainda impõe desafios e incertezas. Qual o próximo passo? O que é uma necessidade momentânea imposta pela pandemia e o que é o desejo de experiência do consumidor? E ainda, começamos a discutir mais seriamente esse tal Metaverso.

Enfim, ainda vivenciamos aquele ambiente de “check and adapt” e é provável que esse seja definitivamente o jeito de operar varejo e dos projetos de tecnologia em geral daqui para frente. Nestes próximos artigos, vamos procurar trazer algumas discussões, tendências e possibilidades para o setor de comércio.

NRF 2022 e as tendências do Varejo

No NRF Retail’s Big Show, o maior evento de varejo do mundo, organizado pela National Retail Federation e realizado em janeiro, Metaverso, omnicanalidade, ESG foram algumas das tendências e focos para o varejo debatidos para 2022. Confira a seguir:

Cada vez mais digital

O vírus (esse é do bem) digital pegou o consumidor, que está cada vez mais online, empurrado em grande parte pelo distanciamento social exigido pela pandemia. A Linx divulgou na última Black Friday, por exemplo, que o número de lojas omnichannel cresceu 82% em relação a 2020. O Google, por sua vez, aponta que 87% dos compradores pesquisam online antes de entrar em uma loja física e 79% pesquisam online enquanto visitam a loja física.

O crescimento do omnichannel e o impacto dos marketplaces provocarão mais integração entre o mundo real e o meio digital. Além disso, o avanço e a banalização de tecnologias como AI, Realidade Virtual e Aumentada, IoT irão propiciar maiores e melhores investimentos para garantir alta experiência de consumidores combinando esses dois mundos.

As lojas irão evoluir suas capacidades para dar suporte a operações de atendimento online, ganharão mais personalização e evoluirão para experiências de marca mais imersivas.

Para isso, as lojas apostarão numa inversão. A Identificação do cliente no check-in da loja e não no check-out. A tecnologia também possibilitará o avanço das “lojas não tripuladas”.

Live commerce

Já tem sido testado e deve ganhar força. Trata-se de uma evolução do e-commerce com recursos como humanização, personalização e mais experiência. O live commerce usa a interatividade de live streaming para criar um “comércio digital ao vivo”. A proposta é gerar proximidade e interação com o vendedor e assim estimular mais conversões.

Sim, o Metaverso

Esse mundo virtual, que abordamos em nosso post anterior, aliará gamificação, NFT, AI, Realidade Virtual e muitas outras tecnologias.

Num primeiro momento, o Varejo Metaverso pode soar intangível ou mais uma conta para a rubrica de “non-roiable expenses”, digamos. Mas, se o varejista olhar para a evolução da loja física poderá entender o Metaverso como a evolução da loja digital.

Do que estamos falando? As lojas físicas evoluíram para encaixar-se na experiência de consumo. Entendendo a tráfego de consumidores num shopping se concluiu pela presença de mais de uma mesma loja em andares diferentes ou da presença da loja e do quiosque. Entendo a jornada de compra, se modernizou o espaço interno e se proporcionou que o cliente tocasse mais, experimentasse mais, se reviu a organização e a disposição.

O Metaverso irá proporcionar que essa loja de experiência física finalmente se conecte com o consumidor virtual. Trafegar por uma jornada similar, sem sair do sofá. Ao contrário do que possa parecer, no Metaverso o cliente importa mais, as interações importam mais e a experiência importa mais. Tudo isso importa muito mais do que na já empoeirada loja virtual tradicional (não tão já. Mas, daqui a pouco vamos nos referir assim ao e-commerce).

DE&I – Diversity, Equity & Inclusion

Diversidade, Equidade e Inclusão deixaram de ser “bom-mocismo” para se tornarem essenciais para o sucesso empresarial. No estudo “Diversity WINS”, a consultoria McKinsey concluiu que as empresas com este tipo de ambiente empresarial têm 25% mais chances de apresentar lucratividade acima da média.

Há um grande desafio para construir diversidade, especialmente porque há um desafio ainda maior de medir a diversidade. Os varejistas vão implementar plataformas para fomentar a diversidade e ferramentas para medi-la.

A tônica é que o varejo inclusivo e diverso aumenta a produtividade e a experiência de colaboradores. Isso também se reflete na manutenção de um ambiente de loja mais empático e mais acolhedor para o consumidor.

O varejo está em revolução e ebulição. A pandemia colocou o setor de comércio numa rota de transformação acelerada. Há muito mais discussões sobre a evolução e as tendências do varejo para 2022. Guardamos mais algumas discussões para um próximo post. Fique de olho nos canais digitais da SOLUTIS.